Histórico

Curiosidade é o que move os adolescentes a realizarem descobertas. Pensando nisso e no fato de que o jovem pode não se sentir totalmente seguro para conversar alguns assuntos específicos com seus pais ou parentes nos motivamos a fazer esse blog.

Puberdade, 1ª vez, sexualidade, esses são alguns temas que geram muitas dúvidas entre os adolescentes. Além desses, tentaremos esclarecer também outros temas relacionados ao comportamento do jovem nos dias atuais. Aqui você também poderá entender o motivo das atitudes que os adultos julgam como inconseqüentes e impensadas.

Teremos relatos de pais, educadores e até dos próprios jovens sobre experiências vividas .

Desse modo, trazemos aos jovens mais informações que possam ajudá-los a se proteger e se entender nessa fase da vida onde ocorrem tantas modificações com o corpo e o intelecto.

Então, jovens amigos, aproveitem para esclarecer todas as suas incertezas sobre o respectivo assunto.


#Curiosidade#

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Emos: rebeldia punk misturada ao amor hippie

No século XXI estilos de vida como patricinhas, mauricinhos, góticos, punks e neo-hippies convivem com uma nova tribo, os emos. O nome vem de emotional hardcore, vertente do punk que mescla som pesado com letras românticas e que falam sobre o cotidiano dos adolescentes. Esse gênero intitulado de emocore surgiu em Washington, nos Estados Unidos, na década de 80, para denominar bandas com batidas pesadas, mas com letras introspectivas que falavam de sentimentos.

Os adolescentes emos têm entre 11 e 20 anos. Eles misturam roupas pretas com estampas de desenho animado, botas punk, tênis rosa, colar de bolas, camisas justas, possuem longas franjas e pintam os olhos. A linguagem é outro diferencial. Esses adolescentes falam sempre no diminutivo, trocam letras em conversas via Internet e chamam as amigas de “maridas”. Além de curtirem as bandas Simple Plan, My Chemical Romance, Fresno e NX-Zero

Para pertencer a “tribo” dos emos os adolescentes precisam gostar de música emocore. O estilo mescla a batida hardcore com letras românticas e poesias adolescentes; viver na internet e no Orkut. Todas as bandas emos brasileiras colocam suas composições em sites; ser emotivo. Os emos choram ouvindo músicas que falam de amores perdidos e rejeição dos pais; Dar demonstrações explícitas de carinho. Meninos e meninas se beijam, se abraçam em público, seja com pessoas do sexo oposto, seja com as do mesmo sexo; Aceitar a opção sexual do outro sem preconceitos; Criticar pessoas violentas. Bater é altamente reprovável entre os emos; Escrever diários, poesias e músicas. Isso vale para meninas e meninos; Usar roupas que mesclam a rebeldia punk com os ícones infantis. Meninas e meninos usam rosa; Usar cabelos lisos com enormes franjas no rosto. Usadas somente de um lado, denotam certa ambigüidade sexual; Não curtir drogas;

Não ligar para os preconceitos, nem para a opinião dos outros, é regra entre eles.

“Jovens gostam de chamar atenção, de serem diferentes. E o EMO consegue isso. Eles possuem uma identidade particular!”

(Manifesto) Por dentro da mente adolescente

terça-feira, 29 de abril de 2008


''Quem já não quebrou a cabeça tentando entender esses tão complicados “aborrecentes” que insistem em ser habitantes desse mundo de impulsividade, rebeldia, ódio, paixão, sexo, amor, drogas, violência e aquelas insuportáveis explosões de raiva.''

A adolescência apresenta-se como uma fase bastante complicada na vida de quem está passando por ela. Nela ocorre a transformação do físico e a formação de uma opinião por parte do jovem. Desse modo a juventude mostra-se como uma etapa delicada e necessitada de muita compreensão.

A transformação do corpo nos indivíduos, pais, desperta neles uma grande curiosidade de descoberta. Há o desenvolvimento corpóreo promovendo o aparecimento de pêlos, alteração hormonal e maturação dos órgãos genitores. Logo esses novos aparelhos os estimularão a quererem conhecer mais e eles precisarão de vocês para explicar e esclarecer as dúvidas que forem apresentadas. Se isso não ocorrer seus filhos aprenderão do pior modo possível, sofrendo.

A alteração no modo de pensar e na forma de argumentar mostra-se cada vez mais forte entre os jovens. Eles terão que enfrentar situa-ções que exigirão deles essa capacidade. Então, famílias, estimulem o aprimoramento dos argumentos dos jovens e exponham para eles os caminhos corretos e errados. Parem de querer enfrentá-los na força, pois isso só estimulará a rebeldia deles e provocará o desejo de confrontar vocês.

A adolescência traz consigo uma grande fragilidade. Quem está passando por ela necessita de muita paciência, pois tudo é motivo de uma explosão raivosa. Além disso, os jovens precisam de vocês, pais, para escutá-los, dialogar com eles, repreendê-los, apoiá-los e acima de tudo, que estejam prontos para compreendê-los. Dê apoio a seu filho sempre. Não deixe que ele sofra por uma falha sua.

Juventude, essa tão importante transição da infância a vida adulta pode ser muito mais complicado do que imaginamos e aqui tentaremos abordar todos os temas polêmicos que tiram o sossego da garotada e dos pais, através de reportagens, entrevistas e dicas. Aproveitem ao máximo.

Comportamento jovem - Uma visão psicológica


Entrevista com a psicóloga Cristina Miranda sobre o comportamento jovem


1.O que é adolescência ?

R: a adolescência é uma fase distinta do desenvolvimento por causa das mudanças.

2.É verdade que a adolescência é a mudança física da puberdade?

R: É verdade, mas a adolescência não pode ser igualada com a puberdade. Pois o termo “adolescência” refere-se, em ao desenvolvimento psicológico que esta ligada ao crescimento físico no qual chamamos de puberdade.

3.Qual a maior dúvida entre os próprios jovens?

R: Se eles devem seguir os valores herdados pela família ou assumir o comportamento adotado pelo grupo

4.Por que essas duvidas são freqüentes entre eles?

R: Porque se um jovem quer ser aceito em um grupo ele tem que aderir ao comportamento, como: consumir bebidas alcoólicas e drogas ou até mesmo assumir determinados comportamentos sexuais.

5.Atualmente os jovens estão iniciando uma vida sexual mais cedo e também a sexualidade esta sendo discutida de uma forma mais aberta.Essa aparente “liberdade sexual” torna as pessoa mais “livres”?

R: Não, por que há bastante repressão e preconceito sobre o assunto. Além disso, as regras de como devemos nos comportar sexualmente prevalece nos discursos, o que torna uma questão velada de repressão.

6.Muitas meninas estão iniciando a vida sexual mais cedo. Isso também tem haver com a questão de ser aceita por um grupo?

R: Tem muitas garotas iniciam a vida sexual de forma precipitada, mais para responder uma exigência do grupo do que uma escolha pessoal.

7. Como você ver a atitude do “ficar com”?

R: Considero isso como um avanço afetivo, pois acredito que há uma melhor possibilidade de escolher parceiros e de experimentar as sensações prazerosas. Isso é um fator importante no desenvolvimento afetivo do jovem, No entanto, alerto para uma possível banalização das relações, quando jovens ficam “usando o outro como objeto”, o que muitas vezes pode provocar frustrações para ambas as partes envolvidas.


8.Tanto meninos como meninas, ainda reproduzem o comportamento machista de anos atrás ?

R: As garotas ainda sonham com um “príncipe encantado” (que seja um bom partido: fiel e bem sucedido na vida) e os garotos com uma “bela princesa” (que seja adequada aos padrões de beleza física, com indícios de uma futura boa dona de casa e mãe de família, mesmo que possa almejar o mercado de trabalho). Essas expectativas retratam determinadas características, que só reproduzem a repressão e o machismo, que atualmente se encontra mascarado.


9. Quando se trata de sexo você acha que os jovens estão bem informados?

R: Apesar de iniciarem a vida sexual mais cedo, os jovens não têm informações e orientações suficientes. A mídia, salvo exceções, contribui para a desinformação sobre sexo e a deturpação de valores. A super banalização de assuntos relacionados à sexualidade e das relações afetivas gera dúvidas e atitudes precipitadas. Isso pode levar muitos jovens a se relacionarem de forma conflituosa com os outros e também com a própria sexualidade.


10. O que você aconselha aos pais nessa fase da vida de seus filhos?
R: Muita paciência, dedicação, bastante compreensão e, acima de tudo, o diálogo, o qual é a base de uma boa relação entre a família.

Redação