terça-feira, 29 de abril de 2008
Entrevista com a psicóloga Cristina Miranda sobre o comportamento jovem
R: a adolescência é uma fase distinta do desenvolvimento por causa das mudanças.
R: É verdade, mas a adolescência não pode ser igualada com a puberdade. Pois o termo “adolescência” refere-se, em ao desenvolvimento psicológico que esta ligada ao crescimento físico no qual chamamos de puberdade.
R: Se eles devem seguir os valores herdados pela família ou assumir o comportamento adotado pelo grupo
R: Porque se um jovem quer ser aceito em um grupo ele tem que aderir ao comportamento, como: consumir bebidas alcoólicas e drogas ou até mesmo assumir determinados comportamentos sexuais.
R: Não, por que há bastante repressão e preconceito sobre o assunto. Além disso, as regras de como devemos nos comportar sexualmente prevalece nos discursos, o que torna uma questão velada de repressão.
R: Tem muitas garotas iniciam a vida sexual de forma precipitada, mais para responder uma exigência do grupo do que uma escolha pessoal.
R: Considero isso como um avanço afetivo, pois acredito que há uma melhor possibilidade de escolher parceiros e de experimentar as sensações prazerosas. Isso é um fator importante no desenvolvimento afetivo do jovem, No entanto, alerto para uma possível banalização das relações, quando jovens ficam “usando o outro como objeto”, o que muitas vezes pode provocar frustrações para ambas as partes envolvidas.
8.Tanto meninos como meninas, ainda reproduzem o comportamento machista de anos atrás ?
R: As garotas ainda sonham com um “príncipe encantado” (que seja um bom partido: fiel e bem sucedido na vida) e os garotos com uma “bela princesa” (que seja adequada aos padrões de beleza física, com indícios de uma futura boa dona de casa e mãe de família, mesmo que possa almejar o mercado de trabalho). Essas expectativas retratam determinadas características, que só reproduzem a repressão e o machismo, que atualmente se encontra mascarado.
9. Quando se trata de sexo você acha que os jovens estão bem informados?
R: Apesar de iniciarem a vida sexual mais cedo, os jovens não têm informações e orientações suficientes. A mídia, salvo exceções, contribui para a desinformação sobre sexo e a deturpação de valores. A super banalização de assuntos relacionados à sexualidade e das relações afetivas gera dúvidas e atitudes precipitadas. Isso pode levar muitos jovens a se relacionarem de forma conflituosa com os outros e também com a própria sexualidade.
10. O que você aconselha aos pais nessa fase da vida de seus filhos?
R: Muita paciência, dedicação, bastante compreensão e, acima de tudo, o diálogo, o qual é a base de uma boa relação entre a família.
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